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quinta-feira, 21 de julho de 2016
TREINAMENTO DE COUROS.
Principais tipos de acabamento do couro
Conhecendo o couro
Couro: Pele depois de sofrer o processo, denominado curtimento, que a transforma em material imputrescível. Todavia, as peles curtidas com pêlo ou lã, ou as exóticas (peixe, rã, crocodilo, cobra), mesmo que curtidas, ainda são chamadas de peles.
Flor: Camada superior da pele que fica exposta após a etapa de depilação. A flor com reentrâncias, os furos onde estavam os pêlos forma um desenho que é típico de cada espécie de animal. A flor também pode revelar a idade da pele.
O couro é um material facilmente identificável dada a suas características e texturas. Porém, enquanto um leigo não vê diferença entre os tipos de couro, uma pessoa mais experiente pode avaliá-lo com mais precisão, evitando dessa forma a compra de materiais fora de seus padrões desejados ou com preços abusivos sobre compradores desavisados.
Basicamente, existem três tipos de Materiais: sintético, ecológico e o couro legítimo. Peças sintéticas são feitas a partir de compostos químicos, como o Poliuretano, que lembram superfícies de vinil e resinas. O material ecológico segue o mesmo processo dos materiais sintéticos, com a diferença de que são feitos a partir da seringueira, sendo mais sustentáveis que outros tipos. E o couro legítimo, o mais procurado e também o mais caro, é feito a partir de peles de animais, como jacarés, por exemplo. Embora cobiçados, sua produção é controversa dada suas origens.
Apesar das polêmicas, couros legítimos são facilmente pelas características levemente superiores aos demais tipos. São impermeáveis, possuem maior elasticidade, e mesmo o cheiro dura por muito mais tempo que um material sintético. Avalie estes fatores antes de adquirir uma peça de couro, para não se sentir prejudicado após a compra.
Analisando as peças:
Você pode optar por sintéticos. No geral, são mais acessíveis, seus processos de produção são mais variados, e as opções de compra são mais amplas. Contudo, vale ressaltar as diferenças nos processos, para que você possa avaliar de acordo.
Basicamente, existem três processos de produção de material sintético, sem contar o processo feito a partir das seringueiras que caracteriza o couro ecológico. Vejamos cada um deles:
Também conhecido como “PU”, é o mais comum na produção de material sintéticos, principalmente para peças de roupas. É um dos mais acessíveis, e pode ser combinado com as produções de materiais ecológicos. Veja mais abaixo como ele é feito.
Este processo é muito utilizado em bolsas e acessórios pela facilidade de manuseio e elasticidade. Apresenta alta resistência, ainda que mais baixa do que o couro original.
De todos os processos, é o menos presente nas grandes produções. Seus compostos lembram o vinil, entregando texturas únicas e originais.
Nem sempre é possível identificar o tipo composto químico utilizado para produção de couro sintético. Procure nas etiquetas de roupas e acessórios para saber em qual tipo de processo foi realizado, e caso não tenha, desconfie das informações oferecidas pelo vendedor ou fabricante. O risco de pagar por produto que não corresponde a seu real valor é alto.
A sustentabilidade do MATERIAL ECOLÓGICO:
Falamos acima sobre a utilização do composto PU na produção de materiais ecológicos, mas não falamos da produção sustentável do material em si. Por mais que a utilização de seringueiras e o próprio PU sejam consideradas sustentáveis em relação aos processos normais - que envolvem, acima de tudo, a caça de animais -, o ecológico ainda assim é prejudicial, embora em níveis bem menores.
Um fator que podemos destacar na produção de ecológicos é no processo de fabricação. Enquanto o tingimento das peças de couro legítimo é feitos após o endurecimento do material, nas peças sintéticas sua aplicação é feita durante o processo de tingimento, economizando em tempo e custos de fabricação.
Outro processo sustentável na fabricação de couros é o Recuperado de Couro. Esse material ecológico é feito com fibras de couro bovino combinadas a outros materiais. Tal mistura providencia uma economia ainda maior de custos, além de estar mais apropriado às demandas sustentáveis.
Primeiramente, o couro legítimo é classificado como tal por um processo de fabricação definido por lei. Assim explicamos em maiores detalhes como esse processo funciona e quais são suas diferenças para o Material ecológico. Em segundo lugar, o couro legítimo guarda algumas caracterísiticas físicas que os produtos feitos sintética ou ecologicamente não possuem. Por exemplo:
> Textura;
> Impermeabilidade;
> Deformações;
De todas as características, podemos destacar a Durabilidade. Materiais de couro legítimo duram por muito mais tempo do que materiais sintéticos, mesmo com poucos cuidados. Quando bem tratados, podem chegar a centenas de anos em uso, o que pode render um bom valor em leilões caso não deseje utilizá-lo.
Outro fator curioso é o cheiro. Apesar de soar estranho em um primeiro momento, materiais de couro legítimo guardam odores bem particulares em relação a quaisquer outros mateiriais, incluindo os materiais sintéticos. Além da etiqueta e da textura, você pode sim considerar este fator como determinante para confirmar sua veracidade.
Materiais de couro adicionam um estilo único aos seus looks, sejam em peças de roupa, calçados ou acessórios. E o tipo específico determina o quanto essas peças vão deixar seu visual mais ou menos elegante. Com os cuidados certo, tanto materiais legítimos como sintéticos e ecológicos podem durar muito mais tempo. Faça a escolha certa e inove seu armário!
. TIPOS DE COURO (os mais comuns)
Couro legítimo (tradicional): a matéria prima é o couro de origem animal que é submetido por processos artesanais ou industriais (curtido com sais de cromo) para manter a mesma resistência original, porém com design e acabamento de fábrica.
Mterial sintético: produzido em fábricas com componentes químicos (polímeros - derivados de petróleo ou PVC reciclado), origina um material que aparenta o couro legítimo, porém com uma menor resistência.
Laminado vegetal (material vegetal ou ecológico): feito à base de látex natural, extraído das seringueiras.
. CONSERVAÇÃO
O couro legítimo precisa de ventilação, do contrário, pode mofar e descolorar. Desta forma, evite guardá-lo em sacos plásticos e, antes de colocá-lo em um lugar seco, tire o pó com um pano macio ou flanela.
É importante colocar as roupas em cabides, protegidas com capa de tecidos, nunca plásticas. Já os sapatos, bolsas e acessórios, em saquinhos de TNT, flanelas e similares.
"O ideal é pelo menos uma vez ao mês deixar a roupa um pouco fora do armário, em local arejado e à sombra, isso evitará o odor forte do couro.
LIMPEZA
Sempre que possível, recorra às lavanderias especializadas na hora de lavar uma roupa de couro, "pois as peças passam por um processo industrial que não só limpam.
Em casa, use produtos de limpeza específicos (nunca produtos de limpeza ou álcool!), obedecendo suas instruções na seguinte ordem: tire o excesso do pó ou sujeiras superficiais com pano limpo, seco e macio; aplique o produto de limpeza (em gel ou aerosol); espere secar. Para os sapatos, complemente com graxa ou mousse e para bolsas, com um protetor para prolongar a limpeza (somente para couros lisos, camurça e nobuck).
Detalhe importante: para artigos em verniz, utilize produtos específicos para esse material para evitar manchas e destruição do brilho. Para roupas em couro sintético ou vegetal, use apenas água e sabão. Após, secar à sombra (nunca no sol).
. PODE PASSAR?
"Passar com um ferro à 100°C protegendo com um tecido branco e limpo por cima". Mas vale ressaltar: dependendo da marca o couro marcado não tem recuperação, então guarde sempre as peças em cabides para evitar esses danos.
. FUJA DA CHUVA!
Lembre-se: o couro molhado pode mofar. Portanto, evite utilizar uma peça com material em dias chuvosos.
Veja os tipos de peles.
Couros derivados de bovinos
Nubuck: Material o qual a flor é lixada de maneira a se obter um toque aveludado, não pode ser engraxado e requer cuidados especiais na sua manutenção. Usado em cabedal de calçados, estofamento e no vestuário.
Camurça: Normalmente um subproduto, do couro, pois é sua camada inferior. Era utilizada para convecção de luvas, vestimentas e outros produtos de menor valor agregado; com o avanço nos processos de curtimento passou a ser utilizada em larga escala em cabedais de calçados.
Box: Couro lixado, com forte pigmentação, de aparência bastante polida, fácil manutenção, porém bastante duro. Era usado em calçados clássicos ou colegial, e em artefatos e de passeio atualmente.
Metalizados: Couro acabado com aparência metálica, da qual é obtida com o uso de pastas pigmentadas metalizadas e pela transferência de folhas microporosas.
Atanado ou Vegetal: Tipo de curtimento com extratos vegetais. Este couro absorve bem água e vapor, é permeável ao suor, pouco elástico e limitada solidez à luz. Usado em solas, sandálias, calçados, estofados e artefatos.
Pull-up: Acabamento que usa produtos especiais que alteram a tonalidade do couro quando sujeito à dobra.
Sola: Couro curtido ao tanino, muito espesso. É usado em solas de qualidade. Pouco elástico, impermeável à umidade, e tem boa absorção de suor.
Couro com Pêlo: Couro bovino em que é mantida intacta a camada epidérmica (de pêlos).
Verniz: O acabamento é um filme com alto brilho, incolor ou pigmentado, liso ou com estampa. É usado em calçados e artefatos.
Polido: Couro liso de aspecto natural e lustrado obtido, principalmente, pelo acabamento da base protéica. Usado e calçados, botas e bolsas de alta qualidade.
Anilina: Acabamento realizado em couros com poucos defeitos, caracterizado pela ausência de pigmentos de cobertura. O acabamento transparente permite visualizar o aspecto natural da flor.
Relax: Couro com toque cheio, recebe gravação com uma estampa característica, que resulta em uma aparência corrugada.
Vegetale: Um couro nobre, peles pequenas, toque macio, isto o torna um produto com características naturais.
Couros derivados de caprinos
Pelica: Usado para sapatos mais clássicos ou com uma proposta de conforto, podendo até ser apresentado em sapatos de moda, pele fina, macia, normalmente com brilho, também encontrada em versão de camurça. Por ser fina em sua espessura, pode romper mais facilmente.
Mestiço: Couro macio, bastante maleável, com pouco brilho, de poros mais abertos que a pelica, mas também de boa qualidade, e apresentando características muito semelhantes a da pelica no conceito.
Camurção: Couro de origem bovina com beneficiamento das fibras do lado do carnal (parte interna da pele). As felpas são mais grossas e compridas que a camurça.
Cromo: Tipo de curtimento realizado com certos sais do metal cromo, que conferem ao couro leveza, maciez, solidez à luz, boa resistência ao rasgo e ao uso, elasticidade, flor fina e lisa. O melhor cromo é o da Alemanha e, é o mais nobre e caro.
Pelica: Couro de cabra. Leve, de toque macio, com alto brilho e confortável, é usada na confecção do calçado, especialmente os masculinos. Poros bastante evidenciados.
Nobuck: Neste couro, a flor é lixada de maneira a se obter um toque aveludado e escrevente. Usado em calçado, estofamento e no vestuário.
Napa: Origem bovina. Couro de baixa espessura, usualmente curtido ao cromo. É suave, macio, leve e um pouco elástico. Usado em estofamento, vestuário e calçados.
Metalizados: Couro acabado com aparência metálica, da qual é obtida com o uso de pastas pigmentadas metalizadas e pela transferência de folhas micro porosas.
Atanado ou Vegetal: Tipo de curtimento com extractos vegetais. Este couro absorve bem a água e vapor, é permeável ao suor, pouco elástico eapresenta limitada solidez à luz. Usado em solas, sandálias, calçados, estofados e artefatos.
Ovino: quando o couro for de origem ovina (ovelha, carneiro, borrego).
A procedência do chamois legitima é o carneiro. É um couro macio, altamente elástico e tem capacidade de absorver e eliminar facilmente grandes quantidades de água.
Avestruz: quando o couro for originado do avestruz.
O couro do avestruz é naturalmente identificável, pois apresenta folículos salientes na região central de sua extensão (denominada diamante), deixados nos locais onde as plumas da ave estavam inseridas.
Sua utilização é recente no mercado e vêm sendo muito usado na linha de calçados, bolsas e vestuários. Também é classificado como couro Exótico.
Suíno: quando o couro for de origem suína.
Couro obtido do porco. Amplamente usado no vestuário por ser fino macio e muito resistente à fricção. É dividido em duas partes: Flor e Raspa. É fácil ser identificada, porque os folículos pilosos são bem desenvolvidos. Tem aspecto da pele humana. Por questões de valorização comercial as peles de porco são comparadas as de antílope.
Classificação dos couros de acordo com o curtimento/recurtimento:
CROMO: Couro curtido e recurtido ao cromo WET BLUE.
ATANADO: couro curtido com curtentes (tanino) vegetal. Conhecido como “couro vegetal”
SEMICROMO: couro curtido ao cromo e recurtido com curtentes vegetais.
WET WHIT: couro, de coloração branca, curtido ao alumínio, zircônio, formol ou aldeído glutárico que não sofreu nenhuma operação complementar e que permanece úmido, podendo ser estocado ou comercializado neste estado. Pode ser considerado curtido de preservação.
Agora você está expert em couros, basta vender muito...
#Sucesso...
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